terça-feira, 28 de outubro de 2014

Longe do modelo convencional.

 

Cristianismo (que vem de Jesus o maior exemplo) deveria ser sinônimo de braços abertos, de acolher quem precisa, de ter uma mão estendida para as minorias, aqueles que se consideram cristãos deveriam ser sinônimo de amor ao próximo (definição de amor 1coríntios 13).
Mas não o cristianismo via de regra se tornou uma religião preconceituosa que se acha detentora da salvação que se apropriou da salvação que acredita como o único caminho para chegar a Deus é a igreja, o caminho que leva a salvação de Deus é Jesus!!!
Mim considero cristão, mas longe do modelo convencional, sou cristão por acreditar em Jesus e em seus princípios, (não na igreja) quem salva é Deus, se ele quiser, salvar o mais pobre pecador É ELE.
Tenho certeza que o religioso cristão olhasse para aquele homem na cruz ao lado de Jesus teria certeza que ele não estaria no reino do céu como Jesus o prometeu a ele.
Tudo é como vc ver o mundo.
Transformação do mundo!!! Renove sua mente!!!(Jesus)
Seja capaz de amar o diferente na sua diferença.
E deixe Deus julgar!
Pois ELE tem melhor discernimento que nós!!!
Vandecijunior

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

DESDIGO O QUE DISSE!




No dia 19/01/14 assisti no programa De frente com Gabi a entrevista com o padre Fábio de Melo, ótima entrevista por sinal. O que me chamou a atenção foi a frase dele “Jesus queria o Reino de Deus, mas nós demos a Ele a Igreja”. Vibrei! Me parecia a leitura de alguém que queria avançar em questões teológicas/religiosas.

Entra então o porém, a frase especifica causou um reboliço entre os comuns da igreja católica. O padre se viu obrigado a emitir uma nota no seu site se retratando, assim está uma parte dela: “Eu assumo que errei ao usar a expressão. Eu não estava numa sala de aula, lugar onde a Ortodoxia convive bem com a dialética. Não considerei que muitos telespectadores poderiam não entender o contexto da comparação. E por isso peço desculpas. E junto às desculpas, faço minha retratação. Nunca tive problema em assumir meus equívocos. Usei uma expressão que carece ser contextualizada com outras explicações, para que não pareça irresponsável, nem tampouco herética”. Pode-se ver todo o texto no site - http://www.fabiodemelo.com.br/.

Se no início vibrei, agora lamento. Deus me livre e guarde de uma teologia ambígua, uma para o clero outra para o povo. Quando escuto de líderes/pregadores que há “coisas” que não se devem dizer na igreja penso que os membros/fieis das igrejas são tratados como uma subclasse intelectual. Parece que o que se estuda nos livros e seminários são segredos. Temos a nossa caixa de Pandora. O discutir, o conhecer parece que faz mal. Uma fé que não pode ser confrontada é medíocre.

A retroação do padre Fábio de Melo revela que o poder, o status é melhor que a convicção. Se, como ele diz, os telespectadores não poderiam entender o contexto da comparação, então, que as explique. Um dilema me toma: não sei se as pessoas gostam de serem conduzidas assim – inertes e alheias, ou se é mais convenientes aos líderes não mexer no que está quieto!

Ronaldo Temudo

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE: UMA ESCOLHA!




RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE: UMA ESCOLHA!

Desde pequeno (14 anos) quando inicie minha caminhada em uma igreja evangélica era me dito que no homem havia um vazio que só podia ser preenchido por Deus, nisso eu cria e muito preguei. Mas a mensagem subliminar era: esse preenchimento tinha que ser religioso, denominacional. Afinal herdamos o conceito medieval católico: "Fora da igreja não há salvação" - Papa Inocêncio III (1198-1216). Hoje, já com 3 décadas de caminhada, tenho mais perguntas do que respostas e algumas poucas certezas.

Quero me referir a questão do ser ESPIRITUAL e do ser RELIGIOSO. Talvez a dificuldade seja definir o que é religiosidade e espiritualidade. O homem não é um ser religioso por excelência, já dizia o filosofo-matemático Blaise Pascoal: "Pois é impossível que a parte que raciocina em nós seja outra senão espiritual". Para ele o homem é um ser espiritual vivendo uma experiência corporal, isso não tem nada a ver com doutrinas kardecistas, mas com a percepção do entendimento do que seja religiosidade e espiritualidade. Nascemos espirituais e nos tornamos religiosos.

Não importa se a pessoa é ateu, agnóstico. Se vive em uma remota tribo indígena ou em uma comunidade hippie. Se é um monge tibetano ou um muçulmano. Todos tem sua espiritualidade, tem sua experiência e visão do divino (Deus). Para muitos isso por si só não é suficiente, ai então entra o componente religioso. A obrigatoriedade de estar inserido em algum grupo ou comunidade.

Deixe-me tentar colocar características que talvez ajudem a definir o que seja religiosidade e espiritualidade.

- A espiritualidade tem fé. A religiosidade tem credo;
- A espiritualidade tem experiências. A religiosidade tem condutas;
- A espiritualidade é buscar a Deus (divino). A religiosidade é a regra da busca;
- A espiritualidade é metafísica. A religiosidade impõe símbolos (copo d'agua - santuário - púlpito/altar);
- A espiritualidade é voluntária. A religiosidade trabalha a obrigação pelo benefício.


A espiritualidade é caracterizada pelo aspecto do indivíduo, enquanto que a religiosidade é sempre coletiva. As manipulações são no campo da religião. A religião usa de artifícios para conquistar, prender e conduzir o homem.

A religião usa de três mecanismos: 1º - MEDO: o indivíduo é conduzido a obedecer, ofertar, participar de uma forma geral caso contrário a mão do divino pesará sobre ele. 2º - CULPA: caso o indivíduo pule a primeira etapa ele é convencido que todo o revés de sua vida é de sua responsabilidade pelo “desobediência”. 3º - GANANCIA: ele, o indivíduo, terá sempre a ganhar se manter sua conduta de obediência ao divino (leia-se a religião/igreja).

As práticas religiosas são cíclicas, elas se repetem independentemente da época e do grupo. Por exemplo, o cristianismo crítica e perseguiu, em outros momentos, os pagãos por suas práticas. Entretanto, a história evidencia isso, o cristianismo é uma colcha de retalho de muitas dessas práticas. Por exemplo, as igrejas evangélicas dispensam as longas vestes sacerdotais (batinas) que diferenciam o clero da congregação, mas não abrem mão do paletó como veste ministerial.

Não prego o fechamento dos templos religiosos pois acredito piamente que ser o humano é um ser social e que os laços de relacionamentos fazem muito bem, mas uma religião que não respeita a espiritualidade do outro faz mais mal do que bem. É possível ser espiritual sem ser religioso.

Deixe-me contar algo a que se pode assemelhar a religiosidade. Certo esposo nos primeiros dias de casado, percebeu que sua esposa toda vez que ia fritar o bife na panela cortava sempre os dois lados do bife e os descartavam, mesmo o bife cabendo todo na panela. Intrigado quis saber da esposa porque ela fazia sempre isso, ela disse que não sabia e simplesmente repetia o que sua mãe sempre fazia. Dias depois em visita a casa da sogra o esposo perguntou e teve resposta semelhante da sua sogra: não sei, sempre vi minha mãe fazer assim. Não contente ele foi até a casa da avó da sua esposa e lá ouviu da velha: “Ah, meu filho eu cortava as pontas do bife porque a minha única panela era pequena para o tamanho do bife”. Assim é a religiosidade: mera repetição!


Incomparável
Tu não habitas em tendas
Nem em templos feitos por mãos
Eterno, Perfeito, Princípio e Fim
Acima das religiões
Não há nada no céu
Na terra ou no mar semelhante a Ti Senhor
Tua imagem está revelada em nós
Expressão do teu amor.

Comunidade Internacional da Zona Sul

Com graça e com paz.
Ronaldo Temudo